Março
Livros escritos e protagonizados por mulheres negras
No Leitura Preta de março, a proposta é: oportunidade. Como diz Viola Davis, “o que separa mulheres negras de todo os outros é a oportunidade”. Em nossa sociedade, mulheres negras não são tratadas como iguais, como humanas, e, portanto, não têm igualdade de oportunidades, direitos, acessos. Soujoner Truth falou sobre isso no século XIX, Carolina Maria de Jesus no XX, bell hooks neste século. Conceição Evaristo, Harriet Tubman, Viola Davis e muitas outras também falaram, falam e falarão. Não é a toa que movimentos como mulherismo africana e feminismo negro se destacam de outras pautas identitárias — a luta é bem mais árdua e longínqua.
Por isso, no mês das mulheres, propomos tratar escritoras negras, como mulheres, como humanas, como escritoras. Propomos a oportunidade de uma forma simples e gratificante: lendo grandes autoras, que narram suas escrevivências, como cunhou Conceição Evaristo, e mudam a história da literatura.
Em nosso grupo de leitura coletiva do Telegram, leremos "Espere até me ver de coroa", de Leah Johnson, uma apaixonante comédia romântica que navega a realidade complexa de uma protagonista negra, pobre e queer.
Liz Lighty sempre achou que fosse negra, pobre e estranha demais para brilhar em sua pequena cidade rica e obcecada por festas de formatura. Mas tudo bem, porque ela tem um plano: estudar na renomada Pennington College, onde fará parte de sua conhecida orquestra e, eventualmente, se tornará médica. No entanto, quando Liz descobre que não pode mais contar com a ajuda financeira que esperava, seus planos vão por água abaixo – até ela ser lembrada da bolsa de estudos que sua escola oferece para o rei e a rainha da festa de formatura.
Não há nada que Liz odeie mais do que ser o centro das atenções. Ela não quer ter sua vida exposta nas redes sociais, lidar com concorrentes do nível "Meninas Malvadas" e ser obrigada a participar de uma série de eventos humilhantes. Mas ela está disposta a fazer o que for preciso para estudar em Pennington. A única coisa que torna tudo levemente suportável é a nova garota da escola, Mack. Ela é inteligente, engraçada, e tão estranha quanto Liz. Mas Mack também está na disputa pelo título de rainha.
Será que se apaixonar pela concorrência impedirá Liz de conseguir a coroa... ou a colocará direto em sua cabeça?
Compre "Espere até me ver de coroa", de Leah Johnson.
Como neste mês é importante destacar o papel da mulher negra do ponto de vista histórico e social, também recomendamos em especial a leitura de "Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis", de Jarid Arraes.
Por muito tempo, mulheres negras foram desumanizadas e tiradas da condição de mulher. Mulheres negras querem respeito, mas também querem flores e reconhecimento enquanto mulheres negras, pois a lutas e conquistas diárias são gigantes, mas ainda pouco reconhecidas.
Por isso, o trabalho de Jarid Arraes — uma das mulheres negras que admiramos — é importante e essencial. Uma coletânea de cordéis que resgata e celebra a memória de quinze mulheres negras que marcaram nossa história. Mulheres marcantes na construção histórica e cultural do nosso país, mas que muitas delas, se não fosse por esse livro, talvez nunca ouviríamos falar.
Compre "Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis", de Jarid Arraes.
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