Foto de N.K. Jemisin e a capa de seu novo livro,

N.K. Jemisin lança um livro sobre uma infecção que ameaça a vida em Nova York

No dia 24 de março, em meio à pandemia global do novo coronavírus, N.K. Jemisin lança “The city we became”, o primeiro livro da série “Great Cities”, ainda sem previsão de lançamento em português. Neste livro, uma ameaça invisível entra na Nova York, espalha-se rapidamente e se torna uma grande ameaça a todas as vidas da cidade.

Capa do livro "The city we became", de N.K. Jemisin

Não é o que parece. Nesta série, cidades podem ganhar vida, em forma de avatares humanos para proteger os cidadãos. E o mal que assola a cidade, não quer permitir que Nova York tome vida. Este grande mal não é o coronavírus; é pior: ele traz e espalhas ideias reacionárias, misóginas, racistas e xenofóbicas pela cidade. Dessa forma, o ambiente não tem união nem harmonia e a cidade não tem uma boa saúde.

Mas, mesmo que o avatar da cidade não ganhe vida, Nova York, por sua pluraridade de vivências, culturas e ideias, dá origem a outros avatares que representam os cinco distritos novaiorquinos — Manhattan, Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island —, que unidos podem resistir a esse mal.

A obra não é um tipo de previsão, nem foi escrita em tempo récorde. A autora trabalha nela desde o encerramento da trilogia futurista “A Terra partida”, uma das melhores séries de ficção científica já escritas, que lhe rendeu três Hugo Awards de melhor romance consecutivos (a primeira e única na história a realizar o feito), com os livros “A quinta estação”, “O portão do obelisco” e “O céu de pedra”. Jemisin decidira escrever essa nova série, em uma Nova York contemporânea — porém alternativa —, pois, segundo ela, os tempos que vivemos já são mais absurdos que a própria ficção.

Leia “The city we became”, em inglês ou em espanhol com o título “La ciudad que nos unió”.

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