Quantos autores negros LGBTQ+ você conhece?
Talvez você conte nos dedos de uma mão, talvez nem isso. Mas não se preocupe. A culpa não é sua. O movimento #OwnVoices vem ganhando força e a representatividade de minorias sociais na literatura brasileira e mundial — majoritariamente branca e masculina ao longo da história — entrou no debate. Embora ainda longe do ideal, hoje já vemos diversos debates e fomentos à publicação de literatura negra e literatura LGBTQ+, mas raramente vemos um evento, discussão ou artigo sobre literatura negra LGBTQ+. Os debates não se cruzam, como se essas vivências não precisassem ser mostradas (mas precisam!) ou não existissem autores negros LGBTQ+ no mercado (mas existem! Aos montes!)
Vamos começar te dando uma mão cheia nesse post, mas pode ter certeza que essa lista terá continuação e logo mais não sobrará dedos. Por isso recomendamos ler e decorar os nomes!
Akwaeke Emezi
![Akwaeke Emezi, autor de "Água doce", publicado pela editora Kapulana.](https://i0.wp.com/afroliteraria.local/wp-content/uploads/2019/09/methode_times_prod_web_bin_2a58ea86-436a-11e9-bfd2-5b366418ffd1.jpg?resize=600%2C337&ssl=1)
Akwaeke Emezi nasceu em 1987, na Nigéria, em Umuahia, mas cresceu em Aba. Atualmente vive nos Estados Unidos. Em 2017, recebeu uma bolsa do “Global Arts Fund”para realizar a videoarte de seu projeto The Unblinding, e uma bolsa “Sozopol Fellowship for Creative Nonfiction”.
James Baldwin
![James Baldwin, autor de "Se a rua baile falasse".](https://i0.wp.com/afroliteraria.local/wp-content/uploads/2019/09/download-e1568309587989.jpg?resize=600%2C338&ssl=1)
Baldwin foi o primeiro escritor a dizer aos brancos o que os negros americanos pensavam e sentiam. Chegou no auge de sua fama durante a luta dos direitos civis no início da década de 60. Tornou-se mais famosos pelos ensaios do que pelos romances e peças teatrais, mas apesar disso queria se tornar um ficcionista, considerando seus ensaios um trabalho menor.
Nos primeiros livros estão as melhores amostras do seu talento: Go tell it on the mountain (1953), Giovanni’s room (1956) e Another country (1962). os dois últimos tornaram-no famoso como o pioneiro de uma nova liberdade sexual. Apesar de escrever e estudar sobre as correspondências entre medos sexuais e raciais, Baldwin era basicamente um puritano que professava a primazia do autoconhecimento em todas as relações humanas. Autor de “Se a rua Baile falasse“,”O quarto de Giovanni“e “Terra Estranha“, publicados pela Companhia das Letras.
Jarid Arraes
![Jarid Arraes, autora de "Redemoinho em dia quente".](https://i0.wp.com/afroliteraria.local/wp-content/uploads/2019/09/Jarid_Arraes_Foto-1024x683-e1568309609482.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Nascida em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), em 12 de Fevereiro de 1991, Jarid Arraes é escritora, cordelista, poeta e autora dos livros “Redemoinho em dia quente“, “Um buraco com meu nome“, “As Lendas de Dandara” e “Heroínas Negras Brasileiras“.
Curadora do selo literário Ferina, atualmente vive em São Paulo (SP), onde criou o Clube da Escrita Para Mulheres. Até o momento, tem mais de 70 títulos publicados em Literatura de Cordel.
Nicole Dennis-Benn
![Nicole Dennis-Benn, autora de "Bem-vindos ao paraíso", publicado pela Morro Branco.](https://i0.wp.com/afroliteraria.local/wp-content/uploads/2019/09/merlin_155609961_59e190b7-6c87-477f-84e2-79db9d94606c-articleLarge.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Nasceu e cresceu em Kingston, a capital da Jamaica. Aos 17 anos foi morar com seu pai nos Estados Unidos, para estudar medicina. Depois de um mestrado em Saúde Pública, e de atuar por alguns anos como pesquisadora na Universidade de Columbia, decidiu fazer aquilo que sempre amou: escrever.
Cursou então um novo mestrado em escrita criativa. Já deu aulas em Princeton e nas Universidades da Pennsylvania e de Nova York. Seu aclamado livro de estreia, “Bem-vindos ao Paraíso“, publicado pela Morro Branco, aborda questões de sexualidade, gênero, turismo sexual e racismo. Nicole Dennis-Benn vive hoje com sua esposa no Brooklyn, Nova York.
Olívia Pilar
Começou a se arriscar na ficção através das fanfics. Formada em Jornalismo pela PUC-MG, a mineira hoje atua como freelancer em gestão de mídias sociais. É apaixonada por futebol, celebridades teen e séries de televisão.
Tem cinco cachorros e nas horas livres pode ser encontrada nas redes sociais debatendo a importância da representatividade da mulher negra na mídia – isso sem abandonar seu lado fangirl, é claro. É autora de oito livros, entre eles, “Tempo ao tempo“,”Pétala” e “Todo mundo tem uma primeira vez“.
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