Qual foi a primeira vez em que você se sentiu representado? A minha aconteceu alguns anos e leituras atrás, quando li um livro com representatividade negra. Apesar de falar sobre racismo ser importante e esse ser um tema recorrente nessa trilogia, o drama da vida da protagonista não era o racismo que vivia na pele todos os dias. A história dessa menina não foi escrita para reforçar estereótipos, não estava ali para satisfazer fetiches.
A história dessa garota negra foi escrita por outra garota negra que queria criar uma personagem parecida com ela, uma garota que, sem nem perceber, estava buscando representatividade para si e fazendo várias outras pessoas se sentirem representadas. Inclusive eu.
Apesar de já ter lido livros com protagonistas negros antes, nenhum tinha me trazido esse sentimento de pertencimento como aconteceu em Entre 3 Mundos. Eu amo essa trilogia por tudo o que ela é e representa.
E uma das coisas que mais amo nesses livros é a possibilidade de ver o crescimento e amadurecimento tanto da Alisa quanto da Lavínia. O leitor acompanha sua evolução de meninas para mulheres, seu aprendizado sobre feminismo, seu crescimento. E o mais importante de tudo: nessa trilogia, Alisa Febrero e Lavínia Rocha descobrem que têm uma voz e que podem usá-la. E as duas o fazem de forma maravilhosa!
Me sinto honrada de ter tido a oportunidade de ler a trilogia Entre 3 Mundos! Sem dúvidas, são livros que me marcaram e ganharam não só um lugar especial na minha estante, como também em meu coração. Ler Entre 3 Mundos foi uma experiência enriquecedora, você deveria tentar.
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