Você conhece todos os livros de James Baldwin publicados no Brasil?

Escrito por
Lorrane Fortunato

Além de romancista, James Baldwin foi um grande ensaísta, dramaturgo, poeta e militante — principalmente das pautas raciais, sexualidade e identidade. Nascido no Harlem, em 02 de agosto de 1924, faleceu na França, em 1 de dezembro de 1987, aos 63 anos.

Aqui no Brasil, a editora Companhia das Letras publicou quatro livros de Baldwin, entre eles, uma obra de não-ficção. O trabalho dele tem como foco principal retratar realidades que são ignoradas — como a das pessoas negras e a da população LGBTQ+.

Notas de um filho nativo


Publicada em 1955, “Notas de um filho nativo” reúne ensaios escritos entre as décadas de 1940 e 1950 é a primeira obra de não ficção do autor. Esses testemunhos ― narrados com inteligência, sensibilidade e estilo extraordinário ― impressionam pela atualidade. Ao usar como matéria-prima sua própria experiência para refletir sobre o que representa ser um escritor negro e homossexual nos Estados Unidos, seu país de origem, e em Paris, cidade onde viveu por muitos anos, Baldwin oferece um poderoso e urgente depoimento sobre direitos civis.

O quarto de Giovanni

Publicado em 1956, este clássico da literatura acompanha David, que enquanto espera a volta de sua namorada, conhece e se apaixona pelo garçom italiano Giovanni. O segundo romance de James Baldwin, “O quarto de Giovanni”, explora as agruras de personagens que enfrentam o vazio existencial ao perceber a fragilidade dos laços e as frustrações de seus desejos.

Terra estranha

Publicado em 1962, “Terra estranha” conta a relação amorosa entre Rufus, um baterista negro, e Leona, uma mulher branca nascida no Sul dos estados Unidos. Dessa relação, desdobram-se temas como raça, nacionalismo, identidade, depressão e bissexualidade. Tendo como pano de fundo os clubes de jazz de Greenwich Village, em Nova York, na década de 1950, essa é uma obra comovente, violenta e apaixonante.

Se a Rua Beale Falasse

Publicada em 1974, a obra narra os esforços da jovem Tish para provar a inocência de seu noivo, Fonny, acusado injustamente de estupro. Tendo o Harlem de 1970 como pano de fundo, o comovente romance “Se a Rua Beale Falasse” aborda os sentimentos conflitantes quando se recebe uma sentença num país onde a discriminação racial está enraizada.